quarta-feira, 18 de julho de 2007

a causalidade na emergencia de propriedades em sistemas auto-organizados

Nas teorias emergentistas argumenta-se que quando elementos dispares se ajustam pode emergir desse ajuste propriedades que sao irredutiveis as partes constituintes. Essas novas propriedades escraviza o comportamento das partes num movimento descendente restringindo suas possibilidades de açao de forma a emergir somente uma dentre o conjunto das possiveis. A açao que emerge tem uma finalidade.
Argumentaremos que a maneira como Aristoteles entendeu a causa formal corresponde a sugestao acima.

sábado, 14 de abril de 2007

ARISTOTELES - Vida e Obra

ARISTÓTELES
(V a.C)


O filósofo Aristóteles nasceu em Estagira no ano 348 a.C., quatorze anos antes da morte de Sócrates. Aos dezoito Aristóteles decide se mudar para Atenas.
Naquela época duas grandes instituições educacionais disputavam em Atenas a preferência dos jovens, que através de estudos superiores, pretendiam se preparar para exercer com êxito suas prerrogativas de cidadãos e ascender na vida pública.
De um lado, Isócrates, seguindo a trilha dos sofistas, propunha-se a desenvolver no educando a capacitação para lidar com os assuntos relativos a polis, a política, transmitindo-lhe a arte de “emitir opiniões prováveis sobre coisas úteis”, a retórica.
Ao contrario de Isócrates, a academia de Platão ensinava que a base para qualquer ação deveria ser a investigação científica de índole matemática, e, uma vez que a atividade humana correta não deveria ser norteada por valores instáveis, requeria uma ciência (no sentido de percepção) dos fundamentos da realidade na qual aquela ação está inserida.
Chegando em Atenas Aristóteles decide procurar a Academia (fundada em 387 a.C pelo próprio Platão) embora a advertência na entrada de que ali não poderia entrar se não soubesse geometria.
Ao ingressar na Academia, que freqüentaria de 367 a.C a 386 a.C, Aristóteles já trazia como herança de seus antepassados, assentuado interesse pelas pesquisas biológicas. Assim, ao matematismo que dominava na Academia, ele irá contrapor o espírito de observaçao e a índole classificatória, típicas da investigação naturalista, e que constituirão traços fundamentais de seu pensamento.
Com a morte de Platão e sua divergência com a índole matematizante que reinava na Academia, Aristóteles funda a sua própria escola, o Liceu que transformou-se num centro de estudos dedicados principalmente as ciências naturais. O biologismo era mais que uma perspectiva de escola, era a marca central da própria visão cientifica e filosófica de Aristóteles, que contrapõe para toda a natureza categorias explicativas pertencentes originariamente ao domínio da vida.
Desta forma Aristóteles via Deus como o primeiro motor das substancias que compõem o mundo, como a luz o é para as plantas. Mas, ao contrario de Platão, o universo não é explicado como resultado da ação apenas de Deus, mas como um organismo que se desenvolve graças a um dinamismo interior, um principio imanente que Aristóteles denomina natureza.
Sua obra aborda profundamente muitos ramos do saber: lógica, física, filosofia, botânica, zoologia, metafísica, etc.
Para Aristóteles, contrariamente a Platão, a idéia não possui uma existência separada. Só são reais os indivíduos concretos e as idéias só existem nos seres individuais que ele chama de forma.
Preocupado com as primeiras causas e com os primeiros princípios de tudo contraria o mundo das idéias de Platão realizando as idéias nas coisas. Para Aristóteles é a experiência que determina a idéia e não o contrário como queria Platão. Assim, os caminhos do conhecimento são os da vida.
Sua teoria capital é a distinção entre potência e ato. Desde o seu começo no século VI a.C, a especulação filosófica grega ocupou-se do problema do movimento (o que é o movimento?; há sempre forças impelindo os movimentos?). Enquanto Heráclito de Éfeso afirmava a mudança permanete de todas as coisas, Parmênides de Eléa apontava a contradição que existiria entre a noção de ser e a de movimento. Essa contradição Aristóteles pretende evitar operando uma distinção fundamental: ser não é apenas o que já existe em ato, ser é tambem o que pode ser, a potencia. Assim poder-se-ia compreender que uma substancia apresentasse nun dado momento certas características e noutra ocasião manifestasse características diferentes. Se uma folha verde torna-se amarela é porque verde e amarelo são acidentes da substancia folha, que é sempre folha independente de sua coloração. A qualidade amarelo é uma potencialidade da folha que em certo momento se atualiza. E essa passagem da potencia ao ato é que constitui, segundo a teoria aristotélica, o movimento.
Quer na natureza, quer na arte, todo movimento seja quantitativo seja qualitativo constitui a atualização da potência de um ser que somente ocorre devido à atuação de um ser já em ato guiado sempre por uma causa final. Cada ser atualizaria suas potencialidades devido a ação de outro ser que, já possuindo-as em ato, funciona como motor daquela transformação.
Contrario a visão evolucionista, Aristóteles não admitia que o mais possa vir do menos, que o superio provenha do inferior, que a potencia por si só conduza ao ato. Concebe então todo o universo como regido pela finalidade e torna os vários movimentos interdependentes, sem fundi-los na continuidade de um único fluxo universal. Haveria uma ação encadeada e hierarquizada dos vários motores, o mais atualizado movimentando o menos atualizado.
O mundo sendo constituídos por uma sucessão de esferas concêntricas onde a Terra ocupava o centro, cada qual movimentando-se em função da esfera imediatamente superior, que atua como motor, terminaria num primeiro motor, imóvel, que Aristóteles chama de Deus. O Deus aristotélico é então ato puro, pois do contrário se moveria, paira acima do universo movendo-o como causa final.
Aristóteles morre no ano de 322 a.C. com 62 anos de idade. Até hoje suas teorias e idéias sao objeto de intensas pesquisas.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Marília-SP


domingo, 18 de fevereiro de 2007

Tupã

Sou Gilberto César, nasci aos sete de maio de uma noite quente de 1971 do século passado numa cidadezinha do interior do Brasil. Mais precisamente em Tupã, estado de Sao Paulo. Dizem que o nome Tupã significa Deus para os índios que habitavam aos montes a região. De minha parte confesso que nunca vi um índio pelas ruas. Parece que foram exterminados. O cara que mais exterminou virou fundador e heroi da cidade. Lembro-me que uma tarde tivemos folga da escola pra ver seu enterro. Foi numa tarde quente de um dia dito útil que Luis de Souza Leao morreu. Morreu pelo que os antigos diziam idade avançada e, por ser herói, teve o privilégio de ser enterrado em seu próprio quintal. Mais tarde virou o Museu Histórico e Municipal "Índia Vanuíre". A Índia Vanuíre tem prestigio em Tupã. Meu primo estudou numa escola que leva seu nome. Seu prestígio vem por ter a Índia Vanuíre "ajudado" os homens brancos a colonizar a região. Dizem os mais antigos que ao se apaixonar por um dos "brancos" do grupo de Souza Leao, contribuiu na colonizaçao da regiao. Por amor foi coagida a delatar a posiçao da sua tribo que resistia ao processo de colonizaçao/extermínio. A tribo fora dizimada. Confesso que nao sei se essa versão da historia é verdadeira, mas foi a que sempre ouvi. Ou inventei pra dar sentido aos mitos e estátuas que via e ouvia na cidade. Só sei que foi nesta cidade contraditória que nasci. A foto que aparece aí em cima é de Marília porque há dez anos mudei-me pra cá. Gosto daqui. Talvez porque a geografia de Marília permite ver o por do sol completo. Ainda nao sei, mas gosto daqui.